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06 de Março de 2023

60 anos da Copercana: Ninguém tem sucesso se não acreditar

60 anos da Copercana: Ninguém tem sucesso se não acreditar

Introdução

Em razão das comemorações dos 60 anos da Copercana, a equipe do Departamento de Comunicação, Marketing e Eventos está produzindo, em formato de um livroreportagem, o resgate histórico de toda a trajetória da cooperativa. O conteúdo será reunido na edição de um livro que será lançado em 2023 ao longo das comemorações dos 60 anos da Copercana, contudo, mediante a importância para a história do cooperativismo e do agro nacional, e ao simples fato de que ações bem-sucedidas precisam ser propagadas, ele também será publicado, na íntegra, nas páginas da Revista Canavieiros, sendo entregue em mais de 25 mil endereços. Essa edição traz o segundo capítulo que narra todas as dificuldades superadas para a construção de negócios de grãos (amendoim, soja e milho) de extrema credibilidade entre os produtores e reconhecimento dos mais exigentes mercados compradores.

Capítulo 2: Ninguém tem sucesso se não acreditar

O negócio de grãos dentro da Copercana nasceu no início da década de 80 como algo pequeno, tímido. Atravessou diversas fases, superou crises, e hoje chegou até um patamar que impressiona quando se vê, de desacreditados, imprescindíveis para o futuro da cooperativa.

Tudo começou com a aquisição do terreno, na época sítio, onde está localizada a Unidade de Grãos I (trevo das rodovias Carlos Tonani e a Albano Bacega, em Sertãozinho-SP), com o intuito de receber e armazenar o amendoim que começava a ser utilizado em rotação de cultura com a cana-de-açúcar, através de um programa de incentivo liderado pelo antigo Planalsucar (Programa Nacional de Melhoramento da Cana-de-açúcar), órgão criado pelo IAA para evolução do setor. Desde o princípio, a Copercana acreditou na iniciativa e foi além da aquisição da estrutura física, cooperando ativamente com experimentos visando os melhores manejos para o cultivo do amendoim nos canaviais em reforma.
Somado ao fato da cultura ter certa tradição na região, muitos cooperados voltaram a plantar fazendo com que, a cada safra os volumes recebidos só aumentavam. Porém, haviam poucas alternativas de mercado, concentrando quase todos os negócios para as esmagadoras de óleo, por vender o produto com casca.

Na segunda metade da década de 80 o setor de amendoim foi atingido por um verdadeiro tsunami chamado Aflatoxina (micotoxina tóxica para o consumo humano produzida por fungos), o que travou a produção em grande parte do Brasil, principalmente nas áreas que eram associadas com cana.

Com isso, e pelo fato que a maioria dos produtores havia adotado o manejo de cultura de rotação, a soja começou a ganhar espaço que anteriormente era ocupado pelo amendoim. Atenta a isso, a Copercana decide então instalar, na Unidade de Grãos I, seis silos para armazenar soja e milho com capacidade de 24 mil toneladas estáticas.

E o século termina com a soja se desenvolvendo de maneira constante, até porque com a estabilidade da economia a partir de 1995, a agricultura passou a se beneficiar pela queda da inflação e a redução a pó da correção monetária do crédito rural o que iniciou um fluxo de investimentos externos em decorrência do ambiente mais estabilizado da economia brasileira, contudo não se via uma reação do amendoim que tinha impregnado o rótulo de um produto de difícil cultivo, colheita impossível e horrível mercado.

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