Na última segunda-feira, dia 25, foi realizado na Unidade de Grãos III, a entrega de uniformes para alunos do Programa Aprendiz Rural 2023.

O evento contou com as presenças do diretor comercial Agrícola da Copercana, Augusto César Strini Paixão, do gerente de Operações da Copercana, Luís Eduardo Godoy, e da coordenadora do Senar de Sertãozinho, Manuela Sicchieri.

O Aprendiz Rural é um projeto do FAESP/SENAR que tem como objetivo qualificar e inserir jovens de 14 a 24 anos no mercado de trabalho rural. O programa disponibiliza mais de 200 cursos em diversas áreas, como agroindústria, extrativismo, agricultura, pecuária, aquicultura, silvicultura, entre outras.

Os cursos possuem duração de 800 horas e são realizados em parceria com empresas que atuam nas áreas rurais e que têm o dever legal de contratar aprendizes. Os jovens participaram ao longo do ano das atividades e têm a possibilidade de concorrer a uma vaga de emprego em empresas parceiras do programa.

Heloísa Ferreira, de 15 anos, que é uma das líderes de sala, disse que está adorando a oportunidade de aprender e se desenvolver no setor. "Eu estou achando muito legal. É uma experiência nova para mim", afirmou. Ela contou que seu pai trabalha na área do agro e que, quando ela passou a conhecer mais sobre o assunto, se encantou. "Eu escolhi por causa do meu pai. Ele trabalha nessa área do agro e, quando passei a conhecer, achei incrível, eu me encantei por ela", declarou.

Outro participante do programa é o estudante João Vitor Gonçalves, de 16 anos. O jovem relatou o que o motivou a escolher a área do agro. "Sempre foi meu sonho. Sempre tive esse desejo de ser agricultor e minha família vive disso. Eu gosto de cuidar de cavalo, gosto das coisas do agro", afirmou. Ele também contou que pretende seguir essa carreira e se tornar um profissional competente no setor. "Sim, pretendo ser um agricultor de alta qualidade", declarou.

A instrutora do Senar, Elaine Talita Santos, disse que acha muito gratificante trabalhar com esses jovens e que vê neles muita vontade de aprender e se desenvolver. "Bom, eu acho que a primeira coisa que a gente deve pensar é que o nosso país é movido pelo agronegócio e aqui na região de Sertãozinho, Ribeirão Preto, Pontal, Jaboticabal, têm muitas usinas. Então, o programa Jovem Aprendiz, nessa região, dá a possibilidade de esse jovem ter o primeiro emprego, fazer um curso e ter um curso técnico também dentro da área de cana-de-açúcar e tentar outras oportunidades", afirmou.

Ela também destacou que observa que os jovens chegam sem muita experiência e conhecimento sobre o agro, mas que ao longo do curso eles vão se transformando em profissionais qualificados e preparados para o mercado.

"Dentro do programa eles chegam por meio de uma parceria do Sindicato Rural, das Escolas e do Senar e as empresas da região. Eles chegam absolutamente crus e essa é a primeira oportunidade dentro de um ambiente de trabalho. Isso é importante porque durante o período do curso, os instrutores vão moldando esse jovem não só tecnicamente dentro da área da cultura da cana -de -açúcar, mas também com relação à matemática básica, à gestão do seu próprio salário, à gestão da sua carga horária de trabalho, estudo, comportamento interpessoal e comportamento no ambiente de trabalho. Então, no final do aprendiz, nós queremos o quê? Não só um técnico sobre determinado assunto dentro do agronegócio, mas nós queremos formar um profissional e oferecer para a região, para o mercado, um profissional com o primeiro emprego, não só técnico, mas também com todo o perfil que o mercado exige hoje. É uma questão ética, moral, vestir a camisa da empresa, ter responsabilidade, além de ser um trabalho social também, né? Porque é muito importante pensar que essa oportunidade que a gente está dando para os jovens por meio do Senar, do Sindicato Rural e das empresas não é apenas formação. Eles recebem um salário, eles recebem alimentação e isso traz também mudança de vida para eles durante esse período do curso. É muito importante. Eu sinto muito orgulho de fazer parte e ser professora deles", declarou.

Já a coordenadora do Senar, Manuela Sicchieri, revelou que o curso é importante para os jovens, pois prepara cada um deles para ter uma carreira no futuro. "Eu faço a coordenação deste e de outros projetos de aprendizagem. Aqui na Copercana a gente está com 23 estudantes. O curso é importante para esses jovens, pois prepara cada um deles para ter uma carreira lá na frente.  Temos jovens que terminam o curso e ingressam em uma faculdade. A gente tem relatos de jovens que passaram pela aprendizagem rural e hoje estão formados em biologia, agronomia e inseridos no mercado de trabalho. Temos uma parceria com a Copercana que nos acompanha com questão de vagas e contratos para os nossos aprendizes. A cooperativa nos dá uma quantidade de vagas para que a gente selecione alguns estudantes que se destacam ao longo do curso. Então eles são inseridos no mercado de trabalho, na Copercana inclusive, e eles têm grande chance de crescer e expandir a área, estudar e trabalhar e começando por ali", afirmou.

Manuela Sicchieri explicou ainda como funciona o processo de seleção dos participantes. Segundo ela, o primeiro requisito é que o jovem esteja matriculado em uma escola pública, seja municipal ou estadual, pois há uma parceria entre o projeto e as instituições de ensino.

Ela disse que a equipe do projeto visita as escolas para divulgar o curso e fazer as inscrições dos interessados, mas que há um limite de vagas. A coordenadora também ressaltou que o projeto tem um aspecto social, pois além de oferecer qualificação profissional, também paga um salário e fornece alimentação aos jovens. Finalizando, Manuela afirmou que o projeto é uma união de vários setores que beneficia tanto os estudantes quanto as empresas.